No último sábado estive com o "grande"pastor episcopal Tiago Geraldo e com Everton, um dos membros de sua igreja, nos reunimos para evangelizar. Temos visões doutrinárias diferentes, mas eu os "tolerei". Debaixo do fustigante sol do meio da tarde iniciamos essa "obra" esquecida por muitos, mas necessitada por milhares. Deparamos-nos com três pessoas "distintas", suas roupas sujas e embotadas os denunciavam, eram moradores das ruas. Eles, visivelmente embriagados, participavam da sua refeição, refeição que era dividida com as moscas, frango e farofa em uma "panela" não muito higiênica. Era como se eu não estivesse onde eu estava, ASA NORTE? Bairro Nobre de Brasília? Não acredito que esses eram os habitantes pretendidos por Lúcio Costa, o idealizador do Plano. Quadra e Superquadra não me pareceram nomes sugestivos no momento para qualificar aquele lugar. A noite recolhe em qualquer lugar seus bêbados e apresenta as prostitutas, mulheres que oferecem seus corpos em troca de algum dinheiro, troca desgraçada, proporcionam prazer e adquirem AIDS. Nós estávamos próximo ao MDS, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, mas, ironicamente, presenciando seres humanos famintos e participantes de um processo de involução, regredindo por causa de sua iniquidade. Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, mas o pecado o transformou em um ser miserável que habita nas ruas. Percebi que o meu diploma e os meus cursos teológicos não possuem valor algum se eu não pregar e anunciar a palavra inclusive para essas pessoas, percebi que enquanto discutimos pontos de vista entre quatro paredes, homens e mulheres se perdem desgraçadamente, e o pecado, através do álcool, drogas e doenças, faz suas vítimas. Preciso anunciar o evangelho, pois me é imposta essa obrigação, tenho que falar da palavra do Deus que eu afirmo tanto amar.
No sábado, três miseráveis ouviram nossa pregação, me incomodo pois existem ainda outros bilhões, talvez em situação pior!
Willy dos Prazeres, em alguns momentos na qualidade de servo inútil.