28 dezembro, 2010

Faça Guerra

Precisa de um Médico?


Que médico mais excelente poderia existir?

Deus é o primeiro cirurgião da história. A primeira operação? Uma toracoplastia, quando Deus retirou uma das costelas de Adão e dela formou a mulher.

Ele também é o primeiro Anestesista, porque antes de retirar aquela costela fez um profundo sono cair sobre o homem.

Deus é o melhor Obstetra especialista em fertilização que já existiu! Pois concedeu filhos a Sara, uma mulher que além de estéril, já estava na menopausa havia muito tempo!

Jesus, o filho de Deus, que com Ele é um só, é o primeiro pediatra da história, pois disse: “Deixem vir a mim as crianças, porque delas é o reino de Deus!”

Ele também é o maior reumatologista, pois curou um homem que tinha uma mão ressequida, ou, tecnicamente uma osteoartrite das articulações interfalangeanas.

Jesus é o primeiro oftalmologista, relatou em Jerusalém, o primeiro caso de cura em dois cegos de nascença.

Ele também é o primeiro emergencista a realizar, literalmente, uma ressuscitação cardio-pulmonar bem sucedida, quando usou como desfibrilador as suas palavras ao dizer: “Lázaro, vem para fora!”, e pelo poder delas, ressuscitou seu amigo que já havia falecido havia 4 dias.

Ele é o melhor otorrinolaringologista, pois devolveu a audição a um surdo.

Seu tratamento? O poder de seu amor.

Jesus também é o maior psiquiatra da história, há mais de 2 mil anos curou um jovem com graves distúrbios do pensamento e do comportamento!

Deus também é o melhor ortopedista que já existiu, pois juntou um monte de ossos secos em novas articulações e deles fez um grande exército de homens. Sem contar quando ele disse a um homem coxo: “Levanta, toma a tua maca e anda!”, e o homem andou! O tratamento ortopédico de quadril mais efetivo já relatado na história!

A primeira evidência científica sobre a hanseníase está na Bíblia! E Jesus é o dermatologista mais sábio da história, pois curou instantaneamente 10 homens que sofriam desta doença.

Ele também é o primeiro hematologista, pois com apenas um toque curou a coagulopatia de uma mulher que sofria de hemorragia havia mais de 12 anos e que tinha gastado todo o seu dinheiro com outros médicos em tratamentos sem sucesso.

Jesus é ainda, o maior doador de sangue do mundo. Seu tipo sanguíneo? O negativo, ou, doador universal, pois nesta transfusão, Ele, ofereceu o seu próprio sangue, o sangue de um homem sem pecado algum, por muitas pessoas que tinham sobre si a condenação de seus erros, e assim, através da sua morte na cruz e de sua ressurreição, deu a todos os que o recebem, o poder de se tornarem filhos de Deus! E para ter este grande presente, que é a salvação, não é necessário FAZER nada, apenas crer e receber!

O bom médico é aquele que dá a sua vida pelos seus pacientes! Ele fez isso por nós!

Ele é um médico que não cobra pelos seus serviços, porque o presente GRATUITO de Deus é a vida eterna!

No seu consultório não há filas, não é necessário marcar consulta e nem esperar para ser atendido, pelo contrário, Ele já está à porta e bate, e aquele que abrir a seu coração para Ele, Ele entrará e fará uma grande festa! Não é necessário ter plano de saúde ou convênio, basta você querer e pedir! O tratamento que ele oferece é mais do que a cura de uma doença física, é uma vida de paz e alegria aqui na terra e mais uma eternidade inteira ao seu lado no céu!

O médico dos médicos está convidando você hoje para se tornar um paciente dele, e receber esta salvação e constatar que o tratamento que Ele oferece é exatamente o que você precisa para viver!

Ele é o único caminho, a verdade e a vida. Ninguém pode ir até Deus a não ser por Ele.

Seu nome é Jesus.

A este médico seja hoje o nosso aplauso e a nossa sincera gratidão!

Autor esconhecido

20 dezembro, 2010

A "Revisão" da Visão

“Apóstolos, Bispos e Pastores de todo o Brasil estão neste momento passando pelo Pré-Encontro, com a ministração do Apóstolo Renê Terra Nova, no Templo do MIR, em Manaus. Eles irão novamente fazer o Encontro com Deus, revivendo o início da Visão Celular, quando a Igreja de Cristo experimentou há 12 anos o impacto do Encontro, conhecido por muitos de Encontro É Tremendo. O objetivo deste Encontro com Deus de hoje é a revisão da Visão, para que os líderes voltem aos princípios da Visão do Modelo dos 12, estratégia que tem a meta de ganhar o Brasil para Cristo.

Fonte: Blog do Rene Terra Nova

Seria tremendo mesmo se a revisão fosse realizada à luz da Bíblia, uma revisão séria, hermenêutica e exegética, mas se uma revisão criteriosa acontecesse, eles teriam que fechar as portas.

22 junho, 2010

Uma Pregadora!?


A homilética é uma arte fantástica, aprecio muito quem se vale de métodos em uma preleção pública, principalmente em uma igreja, e quando essa ciência se une fielmente às escrituras, os ouvintes ficam maravilhados. Infelizmente muitos oradores têm desprezado o auxílio homilético e o real compromisso com os textos sagrados. O que se tem visto e ouvido, são “Mensageiros” sem uma capacitação e sem uma mensagem. Pessoas que assumem um púlpito para entreter, para contar piadas, para animar a platéia, para qualquer coisa, exceto com o objetivo de fazer conhecida a Palavra de Deus, e eu me lembro de quantas vezes fui vítima de tais “pregadores” e “pregadoras”, contra a minha vontade permaneci quieto em meu lugar até o final, por respeito e reverência ao Senhor, mas em algumas ocasiões parece que esse respeito fugiu de mim, pois me levantei e fui embora. Antes de me criticar perceba uma coisa, ouço alguém falar da Bíblia em média 2 vezes por semana, o equivalente a mais ou menos 8 vezes por mês, o que em um ano dá 96 pregações, somando-se sermões em acampamentos, vigílias, seminários, cursos, palestras, faculdades teológicas, etc, e considerando que há 10 anos sou cristão, já ouvi mais de 1500mensagens”.

Particularmente, percebo inicialmente quando alguém falará alguma coisa relevante e que produza crescimento espiritual, ou pelo menos percebia, pois ultimamente tenho sido surpreendido.

Junho de 2010, estou sentado em um dos bancos da minha igreja cultuando ao Senhor em um Domingo, a dirigente anuncia: A pregadora chegou! Olhei em direção à entrada do templo e vi aquela que havia sido convidada para ministrar naquela noite, cabelo cumprido abaixo da cintura e uma vestimenta própria de quem costuma pregar “gritando” (é uma tese minha), no momento reservado à Palavra ela assume o púlpito, como havia pensado o tom de voz vai aumentando, um estilo bastante pentecostal é demonstrado, mas, ela tem algo diferente, não são simplesmente palavras ao ar, parece que suas palavras fazem sentido, ela tem um objetivo, uma mensagem coerênte com as escrituras, aí percebi que nem tudo está perdido, que tem gente de Deus em muitos lugares, que o Senhor falou, fala e continuará falando com o seu povo mesmo em meio à corrupção e decadência.

Que lição recebi naquela noite!

Glória ao Senhor que fala através de que Ele quiser!

09 maio, 2010

26 abril, 2010

Cansado!


A imagem acima me descreve totalmente, 6 meses sem trabalhar me roubaram a disposição para o dia-a-dia, agora sofro um pouquinho na nova empresa até pegar o ritmo, e é por isso que as postagens estão em menor freqüência, peço perdão a você que separa alguns minutos para passar por aqui, prometo me esforçar para produzir mais, confesso que o pior dos males constantemente me ataca: aquele que nos rouba a inspiração, então preciso da sua sugestão, sobre o que você gostaria de ler aqui, fala, que eu te escuto: willydosprazeres20@yahoo.com.br

Grande Abraço!

14 abril, 2010

Retratação

O pastor e cantor Davi Silva confessou em um vídeo postado ontem, 12/04, no site Casa de Davi, que muitos testemunhos, visões e sonhos que ele contou eram mentirosos, abaixo os vídeos que foram publicados.










Que difícil e corajosa atitude, retratar-se diante das câmeras, que Deus te perdoe e abençoe o Ministério Casa de Davi, e o meu maior desejo é que esse vídeo fale profundamente com muitas outras pessoas que vivem a mesma condição.

12 abril, 2010

Frases


Acredite em suas crenças e duvide de suas dúvidas; não cometa o erro de duvidar de suas crenças e de acreditar em suas dúvidas.

Charles F. Deems

01 abril, 2010

O Amor de Deus


Um ótimo livro do mestre Airton Williams, vale a pena ler!

31 março, 2010

Padre Atacado por Pastor

Coitado!

Ele não pensou em Deus na hora do ataque. Rsrsrs

30 março, 2010

Frases (5)


"Minha esperança de ser preservado até o fim se baseia no fato de que Jesus Cristo pagou caro demais por mim para deixar-me escapar. Cada crente custa-lhe o sangue do seu coração. Vá ao Getsemani e ouça seus gemidos: depois, aproxime-se e observe o suor de gotas de sangue, e diga-me, ele perderá uma alma em favor de quem sofreu assim?
Contemple-o pendurado na cruz, torturado, zombado, carregado com um terrível fardo e então escondido da face de seu Pai pelo eclipse; você acha que ele sofreu tudo aquilo e ainda assim permitir que aqueles em favor de quem suportou isso sejam jogados no inferno? Ele será um perdedor maior que eu se eu viesse a perecer, pois ele perderá o que lhe custou a sua própria vida. Aqui está a sua segurança - você é a porção do Senhor, e sua herança não lhe será roubada".

Charles Spurgeon

27 março, 2010

Eu Debato até com o Capeta!


Na noite do dia 24 de março, o pastor Silas Malafaia esteve mais uma vez no programa do Ratinho, do SBT, para discutir o projeto de lei constitucional 122 – PLC 122, que criminaliza a homofobia – medo ou aversão ao homossexual. Há um mês, Silas Malafaia participou do programa em debate sobre a lei contra homofobia com a ex-deputada federal Iara Bernardi (PT-SP), autora do projeto, que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pode entrar na pauta de votação do Senado. Nesta quarta-feira, a transsexual Rosana Star foi a convidada para discutir o tema com o pastor.Visite: Gospel, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica Gospel

Ratinho contou que após a exibição do programa, em fevereiro, foi muito criticado. Segundo o apresentador, as pessoas consideraram que Malafaia ganhou o debate do mês anterior por se expressar com mais desenvoltura. Em contato com o pastor e apresentador do Vitória em Cristo, programa de Silas Malafaia na TV, Ratinho o convidou para um novo debate. “O senhor topa, pastor?”, disse Ratinho. “Topo qualquer coisa, volto para debater até com o capeta”, disse Silas Malafaia.

“Eu não quero discutir religião. Eu quero dizer que Jesus ama todas as pessoas… Vamos discutir a lei? Ela é vergonhosa, ela é um absurdo, que quer privilegiar uma classe de gente. Toda sociedade precisa de limites. A escola diz assim: Em um pátio interno nenhum aluno pode se beijar, seja hetero ou homossexual. Ninguém se beija. No pátio de uma igreja ninguém se beija. Se o diretor da escola impedir ou se o pastor da igreja impedir, dois a cinco anos de cadeia”, disse o pastor. “Esse projeto criminaliza a opinião. Se uma pessoa tem uma babá evangélica e não quer que a criança seja educada por uma babá evangélica, pode demiti-la. Se uma pessoa tem uma babá homossexual e não quer que a criança seja educada por uma babá homossexual, pode demiti-la também”, comparou Malafaia.

Em outro momento do debate, Rosa Star expressou: “Eu tenho pai, tenho mãe, sei o que é família e sei que um pai não gostaria que seu filho visse dois homens se beijando na televisão. Agora quanto à igreja, eu não sei porque criticar tanto a prática do homossexual, do homossexualismo. Por que você não traz esse público para vocês de forma carinhosa? Se o senhor acha que eu posso mudar, por que não me convida para sua igreja? Por que você não convida o público lgbt para ir a sua igreja?”.

Malafaia respondeu: “Discordar da prática de uma pessoa não significa discriminá-la. Eu gostaria de informar que a igreja evangélica está lotada de pessoas em busca de transformação [...] e assim como você, qualquer homossexual que quiser ajuda espiritual, a igreja evangélica, Ratinho, está lotada. Isso é conversa. Ninguém leva homossexual para igreja para bater ou botar em quarto escuro”.

Você pode assistir em vídeo aqui: Gvídeos.

Fonte: G+ Notícias

25 março, 2010

1º Encontro do CAFÉ com TEOLOGIA


Participe!

O Livro de Eli


Ontem assisti ao filme O livro de Eli, protagonizado por Denzel Washington, as cenas evidenciam um período diferente do que vivemos, Eli é um homem solitário, um andarilho, que tem uma missão: Proteger o último exemplar da Bíblia sagrada.

Num mundo pós-apocalíptico, Eli caça o seu jantar, procura por água, tão essencial e rara naqueles dias e segue em direção ao Oeste afirmando que caminha não por vista e sim por Fé, pois uma voz interior apontara essa direção.

Carnegie, prefeito de uma pequena cidade, está obcecado pelo exemplar sagrado, que segundo ele, irá torná-lo mais poderoso e influente.

Momentos de lutas bem coreografadas tornam O Livro de Eli um ótimo filme de ação.

Ao chegar a minha casa fiquei pensando no contraste apresentado pelo filme:

De um lado alguém que quer proteger a Bíblia, que a lê todos os dias, alguém que a esconde em seu coração por acreditar que suas palavras trazem respostas e refrigeram a alma. Do outro lado um homem que deseja este último exemplar sagrado para poder usá-lo em seu próprio benefício, para tirar proveito, deseja influenciar pessoas usando a Bíblia para depois as tornar escravas e ficar rico através delas.

Como a arte imita a vida. Como um filme retrata tão bem a nossa triste realidade!

Quem lê, entenda!

Willy dos Prazeres

23 março, 2010

As 95 Teses de Lutero

Por amor à verdade e no empenho de elucidá-la, discutir-se-á o seguinte em Wittenberg, sob a presidência do reverendo padre Martinho Lutero, mestre de Artes e de Santa Teologia e professor catedrático desta última, naquela localidade. Por esta razão, ele solicita que os que não puderem estar presentes e debater conosco oralmente o façam por escrito, mesmo que ausentes. Em nome do nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

1. Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.

2. Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).

3. No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula, se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.

4. Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.

5. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.

6. O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro.

7. Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.

8. Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.

9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.

10. Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.

11. Essa erva daninha de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.

12. Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.

13. Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.

14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais, quanto menor for o amor.

15. Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.

16. Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.

17. Parece desnecessário, para as almas no purgatório, que o horror diminua na medida em que cresce o amor.

18. Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontram fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.

19. Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza.

20. Portanto, sob remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.

21. Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.

22. Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.

23. Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.

24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.

25. O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.

26. O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.

27. Pregam doutrina humana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].

28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.

29. E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas? Dizem que este não foi o caso com S. Severino e S. Pascoal.

30. Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.

31. Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.

32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.

33. Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Deus.

34. Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.

35. Não pregam cristãmente os que ensinam não ser necessária a contrição àqueles que querem resgatar ou adquirir breves confessionais.

36. Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão pela de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.

37. Qualquer cristão verdadeiro, seja vivo, seja morto, tem participação em todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem carta de indulgência.

38. Mesmo assim, a remissão e participação do papa de forma alguma devem ser desprezadas, porque (como disse) constituem declaração do perdão divino.

39. Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar perante o povo ao mesmo tempo, a liberdade das indulgências e a verdadeira contrição.

40. A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, pelo menos dando ocasião para tanto.

41. Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.

42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.

43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.

44. Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.

45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.

46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.

47. Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.

48. Deve-se ensinar aos cristãos que, ao conceder indulgências, o papa, assim como mais necessita, da mesma forma mais deseja uma oração devota a seu favor do que o dinheiro que se está pronto a pagar.

49. Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.

50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto - como é seu dever - a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.

52. Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.

53. São inimigos de Cristo e do papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.

54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.

55. A atitude do papa é necessariamente esta: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.

56. Os tesouros da Igreja, dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.

57. É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.

58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.

59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.

60. É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que lhe foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem este tesouro.

61. Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos, o poder do papa por si só é suficiente.

62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.

63. Este tesouro, entretanto, é o mais odiado, e com razão, porque faz com que os primeiros sejam os últimos.

64. Em contrapartida, o tesouro das indulgências é o mais benquisto, e com razão, pois faz dos últimos os primeiros.

65. Por esta razão, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.

66. Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.

67. As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tal, na medida em que dão boa renda.

68. Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade na cruz.

69. Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.

70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos pelo papa.

71. Seja excomungado e maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.

72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.

73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,

74. Muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram defraudar a santa caridade e verdade.

75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.

76. Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados veniais no que se refere à sua culpa.

77. A afirmação de que nem mesmo S. Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o papa.

78. Afirmamos, ao contrário, que também este, assim como qualquer papa, tem graças maiores, quais sejam, o Evangelho, os poderes, os dons de curar, etc., como está escrito em 1 Co 12.

79. É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insignemente erguida, equivale à cruz de Cristo.

80. Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes conversas sejam difundidas entre o povo.

81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil, nem para os homens doutos, defender a dignidade do papa contra calúnias ou perguntas, sem dúvida argutas, dos leigos.

82. Por exemplo: por que o papa não evacua o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas - o que seria a mais justa de todas as causas -, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica - que é uma causa tão insignificante?

83. Do mesmo modo: por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?

84. Do mesmo modo: que nova piedade de Deus e do papa é essa: por causa do dinheiro, permitem ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, porém não a redimem por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta, por amor gratuito?

85. Do mesmo modo: por que os cânones penitenciais - de fato e por desuso já há muito revogados e mortos - ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?

86. Do mesmo modo: por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos mais ricos Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?

87. Do mesmo modo: o que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à remissão e participação plenária?

88. Do mesmo modo: que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações 100 vezes ao dia a qualquer dos fiéis?

89. Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?

90. Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.

91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.

92. Fora, pois, com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo: "Paz, paz!" sem que haja paz!

93. Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz!

94. Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno;

95. e, assim, a que confiem que entrarão no céu antes através de muitas tribulações do que pela segurança da paz

Ilustrações e Poemas


O mais novo livro do Doutor Jilton Moraes.
Vale a pena ler!

18 março, 2010

Café com Teologia


Olá queridos, é com grande satisfação que escrevo anunciando sobre o nosso projeto que já está em andamento, logo em breve estaremos nos reunindo para juntos tomar um cafezinho e aprendermos com a teologia. Estamos programandos palestras e debates com temas relacionados com as necessidades da igreja. Você que é apaixonado pela bíblia, e se envolve com os estudos da palavra de Deus, ajude-nos com sua oração, sua presença e sua propagação. Nosso principal interesse é expor uma teologia santa e sem influências religiosas, políticas e pessoais. Aprender teologia é ouvir a voz de Deus.

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS

QNN 2 CONJ. “H” LOTE 45

NA RUA DA ESTAÇÃO DO METRÔ

Contato: cafecomteologiaqd2@gmailcom

16 março, 2010

Ele é o Tesouro

Cristo, nosso Tesouro!

Frases (4)


A fé vacilará se a autoridade das Escrituras Sagradas perder sua força sobre os homens.

Precisamos render-nos à autoridade da Bíblia, pois ela não pode conduzir mal nem ser mal conduzida.

Agostinho

12 março, 2010

Pastores Traficam?


Três pastores da Igreja Mundial do Poder de Deus foram presos em flagrante com sete fuzis que seriam entregues ao tráfico do Rio de Janeiro.

A apreensão ocorreu quando os policiais abordaram um veículo Vectra, de Três Lagos, que estava sendo ocupado por duas pessoas que se identificaram como pastores da Igreja Mundial sendo o condutor S. B. F. N., 42 anos e o acompanhante F. F. M., 31 anos.

Para a polícia, eles tentaram dizer que tinham ido a Corumbá para fazer uma pregação aos fiéis, porém como estavam nervosos e caíram em contradição, a polícia decidiu realizar uma vistoria no carro onde encontraram sete fuzis de fabricação norte-americana, marca Bushmaster, Modelo M-15, Calibre 5,56. As armas estavam escondidas em compartimentos de fundo falso nas portas dianteira e traseira e assento traseiro do veículo.

Para facilitar o transporte, as armas estavam desmontadas e envolvidas por material plástico. Aos policiais, o condutor disse que iria encontrar uma pessoa em Campo Grande e que os dois viajariam para Niterói, onde as armas seriam entregues a traficantes da região.

O Apóstolo Valdemiro Santiago, líder e fundador da Igreja Mundial, também já foi preso por porte ilegal de armas, em 2003 foi preso durante uma blitz em Sorocaba. Ele estava levando consigo uma escopeta, duas carabinas e também 400 caixas de munição. Mais armas e munição foram apreendidas em sua casa. Valdemiro alegou que as armas são de caça e estavam sendo levadas para um amigo.

Leia na íntegra Aqui

Fonte Gnotícias

Só uma palavrinha:

Tem gente que duvida, e diz que é armação dos jornais, ou é perseguição contra os “escolhidos de Deus”, mas eu acredito nessa matéria, acredito que eles foram presos por tráfico de armas, acredito que eles podem ter o título de “pastores” na Igreja Mundial do Poder de Deus, só não acredito que de fato eles são pastores chamados por Deus, pois pastor é aquele que cuida do rebanho de Deus.

Willy dos Prazeres

27 fevereiro, 2010

25 fevereiro, 2010

Matar uma Criança...


Uma mulher chega apavorada no consultório de seu ginecologista e diz:


- Doutor, o sr. terá de me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e estou grávida novamente. Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas num espaço grande entre um e outro...

E então o médico perguntou : Muito bem. E o que a senhora quer que eu faça?

A mulher respondeu : Desejo interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda.

O médico então pensou um pouco e depois do seu silêncio disse para a mulher : Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema. E é menos perigoso para a senhora.

A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido.

E então ele completou : Veja bem, minha senhora, para não ter de ficar com os dois bebês de uma vez, em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços. Assim, a senhora poderá descansar para ter o outro, terá um período de descanso até o outro nascer. Se vamos matar, não há diferença entre um e outro. Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco...

A mulher apavorou-se e disse : Não doutor! Que horror ! Matar um criança é um crime!.

Também acho minha senhora, mas me pareceu tão convencida disso, que por um momento pensei em ajudá-la. O médico sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito.

Convenceu a mãe que não há menor diferença entre matar a criança que nasceu e matar uma ainda por nascer, mas já viva no seio materno.

O CRIME É EXATAMENTE O MESMO!!!!!

Autor Desconhecido

23 fevereiro, 2010

Não Pecar?


Sou um grande admirador de um apóstolo famoso, mas não é nenhum desses que aparece na televisão, estou falando do apóstolo Paulo, que em suas cartas deixa claro que é um apóstolo não pela vontade, unção ou consagração de homens, mas chamado por Deus.

Dono de uma mente brilhante, e com pena, tinta e papel em mãos deixou ser levado pelo vento da poderosa inspiração divina, o que resultou no registro de preciosidades doutrinárias para aqueles que foram predestinados a serem conformes a imagem de seu Filho (Romanos 8.29).

Ler suas cartas e meditar em suas palavras é aceitar o convite de abandonar o senso comum e a ignorância relacionada à: Salvação, Justificação, Santificação, Lei, Graça, entre muitos outros importantes ensinamentos bíblicos.

A ignorância teológica se traduz em vidas empoeiradas, desagradando aquele que nos chamou. Sabemos pela escritura que o Pai deseja ver em nossas práticas o que era visível na vida de Cristo.

Ao escrever aos Gálatas, Paulo lhes fornece uma lista de práticas que deveriam ser rejeitadas, pois são obras da carne:

Adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e para ter certeza de que não esqueceu nada ele conclui: e coisas semelhantes a essas.

Após essa lista ele apresenta uma segunda intitulada por Fruto do Espírito:

Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. (Gálatas 5.19-23)

A lista acima contém valores morais e espirituais cultivados pelo Espírito Santo de deus, tais como: Dedicação ao próximo, tranqüilidade e bem estar proporcionado pela confiança em Deus, paciência, honestidade, generosidade, calma no trato com o outro. Mas eu quero destacar o último ponto que é o Domínio Próprio traduzido também por Temperança que significa em outras palavras por Auto Controle.

Nas palavras do homem mais sábio que já existiu, maior é aquele que se domina do que aquele que conquista uma cidade (Provérbios 16.32).

O apóstolo está querendo dizer dentre muitas outras coisas que o espírito Santo nos capacita a exercer Auto Controle para não praticarmos o que foi citado anteriormente, visto que o pecado não nos domina mais nós podemos nos controlar quando tentados a adulterar, idolatrar, invejar, etc.

Isso é Fruto do Espírito, isto é, resultado do Espírito na vida de um salvo!

Mas a grande ênfase está no início do raciocínio onde está escrito: Andai no Espírito. Existem muitas pessoas preocupadas em não pecar, e isso é bom, só que na tentativa de não pecar eu acabo falhando. A exortação bíblica e o foco devem ser agradar a Deus, se eu me preocupo em andar no Espírito conseqüentemente não pecarei (Gálatas 5.16).

Andar no espírito, contra isso não há lei nem contra indicativos!

Willy dos Prazeres

22 fevereiro, 2010

Paul Washer lhe desafia

Viva de forma que agrade ao Criador!

Frases (3)


A ansiedade é o resultado natural de centralizarmos nossas esperanças em qualquer coisa menor do que Deus e sua vontade para nós.

Billy Graham

A Origem do Ofício Diaconal

Texto do Pastor Airton Williams

Em 1999 fui convidado pela Igreja Presbiteriana do Guará-DF, para proferir as palestras do 1º Simpósio sobre Diaconato. Foi uma experiência muito rica, para mim, estudar este assunto, pois este ofício é muito mal compreendido nas igrejas. Costuma-se ouvir que diácono é uma espécie de zelador da igreja, e neste caso, menosprezam sua importância no corpo de Cristo. Mas há os que supervalorizam, colocando os diáconos na mesma categoria de ofício dos presbíteros/pastores/bispos (termos sinônimos no grego do Novo Testamento). Por causa destes extremos e a necessidade de pontuarmos com clareza a função do ofício diaconal, para o bom andamento do serviço do reino de Deus, decidi postar, por etapas, a palestra que proferi sobre A Origem do Ministério Diaconal. Boa leitura. Pr. Airton Williams

Quando fui convidado para proferir estas palestras fui surpreendido ao ver entre os tópicos a serem discutidos o da instituição do diaconato. Surpreendido porque desde há muito tempo, na verdade séculos, que esta questão é um ponto pacífico na vida da Igreja.
Por outro lado, fiquei extremamente feliz, pois posso agora rediscutir o assunto tentando propor uma perspectiva diferente na discussão (não que eu seja original, apenas sigo outros exegetas que discordam da leitura tradicional que se tem dado ao assunto). Na verdade acredito que durante todo este tempo cometemos um grande equívoco sobre esta questão. E este equívoco não é daquele tipo indiferente. É minha convicção pessoal que nada tem sido mais prejudicial ao exercício do diaconato do que as bases de sua origem. Prejudicial porque tem limitado ao extremo a ação deste ministério tão importante na vida da Igreja.

Atos dos Apóstolos 6.1-7: um erro de leitura
Provavelmente, desde o século IV, quando do concílio de Neo-Cesaréia (314-325), que o ofício diaconal foi associado à escolha dos sete em At 6. Por ocasião daquela reunião ficou estabelecido que o número de diáconos de uma igreja não poderia exceder a sete, numa relação direta com o texto de Lucas.
A partir de então esta posição passou a fazer parte da tradição da Igreja, sendo aceita até aos dias de hoje sem muito questionamento.
Mesmo no período da Reforma Protestante pouca atenção se deu a isto. Na Verdade, os reformadores respaldaram este conceito de origem. Prova disto são as palavras de João Calvino:
Ainda que o nome de diácono tenha um sentido mais amplo, não obstante a Escritura chama especialmente diáconos aqueles que são constituídos pela igreja para distribuir as esmolas e cuidar dos pobres, como seus procuradores. A origem, a instituição e o cargo dos diáconos lhes refere são Lucas nos Atos dos Apóstolos (At 6,3). A causa foi as queixas dos gregos contra os hebreus, porque não eram levadas em conta as viúvas no serviço dos pobres. Os apóstolos, alegando não poderem cumprir por vez com dois ofícios, pedem ao povo que eleja sete homens de boa vida, para que se encarreguem disto.
Eis aqui a missão dos diáconos no tempo dos apóstolos, e como devemos ter-lhes conforme o exemplo da Igreja primitiva (Calvino, João. Institución de la religión cristiana. Vol II, livro 4, capítulo III. Países Baixos: Feliré, 1981. p.843).

Estas palavras de Calvino alimentaram, e continuam alimentando, três grandes equívocos quanto ao ofício diaconal:
Þ primeiro, que a função dos diáconos é somente a de assistir aos pobres em suas necessidades. É verdade que nas linhas anteriores Calvino distingue duas classes de diáconos, a que se presta à administração dos bens destinados aos pobres e a que assiste aos enfermos e demais necessitados. Porém, como se pode observar, a atuação dos diáconos continua limitada aos fins caritativos;
Þ segundo, que Atos 6,3 valida tanto a origem como a instituição e o cargo diaconal, servindo de base, então, para as limitações anteriores;
Þ terceiro, que a missão dos diáconos era entendida assim na Igreja primitiva, sendo, portanto, a base normativa de nossa compreensão.
Talvez você esteja se perguntando, mais por que estas três afirmações são um equívoco? A resposta é simples: porque Atos 6,3 não fala nem ensina nenhuma destas coisas. Na verdade, durante todo este tempo se fez uma leitura errada da razão de ser deste texto lucano. Provavelmente nosso questionamento neste momento seja: mais aonde falhou a leitura?
Acredito que o primeiro problema que ocasionou esta má compreensão texto tenha sido a imposição da nossa ótica sócio-eclesiástica sobre o texto. Este problema tem sido patente de nossa leitura bíblica desde há muito tempo. Nós temos a tendência de lermos a Bíblia a partir de nossa compreensão e conceitos preestabelecidos não permitindo que a mensagem original das Sagradas Escrituras chegue até nós com o mesmo frescor com o qual chegou aos seus leitores originais. Assim sendo, é costume entre nós desrespeitarmos, ou mesmo ignorarmos, os contextos que se impõem no texto tais como cultura, sociologia, eclesiologia e tantos outros que diferem dos nossos. Precisamos entender com urgência que a Bíblia não foi escrita hoje, apesar de sua mensagem permanecer para todo o sempre.
Foi exatamente por causa disto que a origem do diaconato se perdeu dentro da Bíblia sendo estigmatizado como tal um texto isolado de seu Sitz im Leben (ou seja, a situação vivencial motivadora do texto). Como veremos mais a frente, a situação pela qual passava a Igreja de Jerusalém nada tem a ver com o que hoje chamamos de diaconato. No entanto, quando a tradição da Igreja estabeleceu sua estrutura, a definiu, ela esqueceu que seu universo eclesiástico era muito mais amplo do que o universo da Igreja primitiva. Assim, ao invés de ler o texto bíblico a partir do seu ambiente eclesiástico nossa herança reformada impôs a este a sua visão e prática.
Não estou dizendo com isto que os nossos reformadores deturparam o sentido do texto, não. Estou dizendo que eles não tiveram o cuidado, ao lerem o texto, de distinguir entre o seu universo sócio-eclesiástico e o do texto sagrado.
O segundo problema perceptível na leitura de Atos 6 que a nossa tradição enfrentou foi o de possuir um campo semântico muito limitado. Buscando uma base bíblica para respaldar a origem do diaconato os Pais da Igreja, os Reformadores e todos os seus sucessores caíram no erro comum de achar que a presença de uma palavra no texto pudesse garantir a fidelidade das suas interpretações.
Assim foi que, ao lerem o texto de Atos 6 descobriram que ali se falava da eleição de um grupo para servir as mesas. O verbo que aí aparece é DIAKONEO Com isso, logo se pensou estar diante da origem do ofício diaconal.
O problema todo é que o texto não usa um substantivo (o que caracterizaria as pessoas que exercessem a função designada), mas um verbo (que expressa uma ação a ser feita). Em outras palavras, o texto não fala de diáconos, mas de homens que foram escolhidos para suprir um problema que havia surgido na comunidade de Jerusalém.
Outro fator dentro disto que estamos demonstrando é que o uso das palavras diakoneo e diakonia já havia sido feito nos evangelhos, inclusive por Lucas, para designar outras atividades dos discípulos de Jesus (Lc 8.3; 10.40; Mc 1.31; 10.43-45, etc.), e nem por isso temos a apresentação nestes textos de qualquer instituição diaconal.
Pode-se alegar, ainda, que a eleição comunitária e a imposição de mãos encontrada no texto de Atos 6 deixam claro a instituição dos diáconos. Na verdade o que temos aqui são conjecturas muito mal fundamentadas. E isto por duas razões, que me parecem óbvias:
Þ Primeira, a eleição dentro de uma comunidade não significa necessariamente a designação de um ofício, mas de uma função. E esta pode ser permanente ou temporária. O que o texto de Atos 6 deixa claro é que se trata de um problema circunstancial, portanto, temporário, o que descaracterizaria o aspecto de um oficialato; além disso, uma eleição serve para nos demonstrar, também, o caráter representativo de uma comunidade;
Þ segunda, a imposição de mãos não estabelece a origem de um ofício; na verdade, ela apenas representa, ou simboliza, a delegação de autoridade, ou poder, para o exercício de uma determinada atividade; e isto pode ser visto claramente no texto de Lucas em Atos 13.3. Temos aqui a separação de Barnabé e Paulo para a obra missionária; observe que o procedimento da Igreja de Antioquia é o mesmo da Igreja de Jerusalém, inclusive valendo-se da mesma fórmula de designação de autoridade para o exercício da função. Compare os textos de At 6.6 e 13.3:

Atos 6.6:
E os apresentaram ante os apóstolos, e este, orando, lhes impuseram as mãos.

Atos 13.3:
Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram

Nos dois textos, a oração e a imposição de mãos se faz presente. O único elemento novo existente é o jejum em At 13.3. No entanto, não podemos dizer que Barnabé e Paulo estavam recebendo ali um novo ofício. O que demonstra que a imposição de mãos está irremediavelmente ligada à delegação de autoridade para a execução de uma obra. E como já dissemos, esta pode ser permanente ou temporária.

Atos 6.1-7: enfocando o problema
Se Atos 6 não fala da instituição dos diáconos do que fala então? Devemos lembrar que Atos 1-7 forma um bloco literário onde Lucas nos apresenta o estabelecimento da Igreja em Jerusalém e a crescente oposição que esta vinha sofrendo (1-5) e a expansão desta, inclusive, entre os judeus de fala grega (1-7).
E é nesta expansão que Lucas nos conta o segundo problema interno enfrentado pela comunidade de Jerusalém (o primeiro problema foi narrado em At 5.1-11: Ananias e Safira). O evangelho cresceu demais e os judeus helenistas também foram alcançados. Porém, não havia uma boa relação entre os judeus palestinenses e os judeus helenistas por questões de pureza. E este mesmo problema continuou existindo na comunidade cristã.
Em Jerusalém esta crise ficou patente quando propositadamente as viúvas helênicas foram desprezadas na distribuição dos alimentos. Em outras palavras, os judeus palestinenses privilegiaram suas viúvas, praticando uma espécie acepção de pessoas.
Lucas procura nos mostrar que crescimento traz alguns problemas de ordem estruturais e que a Igreja deve estar atenta a fim solucioná-los a fim de que continue a crescer. Assim, os apóstolos sugerem a eleição de sete homens que fossem encarregados de reparar este problema e exercessem uma justa distribuição dos alimentos.
Assim sendo, I. Howard Marshall lembra-nos que
Embora o verbo “servir” provenha da mesma raiz do subs. que em português se traduz por “diácono” , é digno de nota que Lucas não se refira aos Sete como sendo diáconos; a tarefa deles não tinha nome formal (Atos: introdução e comentário. São Paulo (SP): Vida Nova, 1988. p.123).

A fim de concluirmos este breve comentário sobre o Sitz im Leben do texto lucano convém observarmos três dados interessantes:
1. Os Sete deveriam possuir qualificações espirituais, o que nos ensina a necessidade de espiritualidade em tudo que fizermos, mesmo naquilo que nos parece ser insignificante;
2. Os Sete foram escolhidos entre aqueles que padeciam da discriminação, o que nos ensina a necessidade de sermos íntimos da aflição do povo de Deus;
3. O número sete deve ter sido concebido da praxe judaica de nomear juntas de sete homens para deveres específicos , o que simbolizava a perfeição, o que nos ensina a necessidade da eficiência em tudo quanto fizermos.
Diante de tudo o que foi exposto é importante ressaltar duas questões a fim de passarmos à discussão da origem do ofício diaconal:
Þ Acredito que Atos 6.1-7 não fala da instituição diaconal, mas de como a Igreja de Jerusalém lidou com um problema interno de discriminação;
Þ Isto não significa que o movimento diaconal não possua base bíblica quanto a sua origem, antes pelo contrário, possui bastante, mas como ficamos bitolados a um único texto deixamos de ver a beleza de sua origem e sua conseqüente importância para a Igreja do Senhor Jesus Cristo.

Tendo estabelecido que há um erro de interpretação quanto à origem do diaconato, segundo o Novo Testamento, precisamos olhar para origem e fundamento, de fato, deste ofício (na próxima postagem).

Acompanhe esse estudo no Sola Scriptura