Êxodo, que significa saída, é o título dado pela versão septuaginta, tradução grega do Antigo Testamento, a segunda seção da Torá. Em sua forma hebraica o Êxodo é chamado também de Shemoth, nome derivado das palavras iniciais do livro.
É difícil destacar um tema que unifique todo o livro, mas os relatos da perseguição de Israel no Egito, o nascimento de Moisés, seu exílio em Midiã, seu retorno como líder do povo, a travessia do Mar de Juncos e a aliança firmada no Monte Sinai cooperam para o ápice dessa obra.
Os conservadores atribuem a Moisés a autoria do Êxodo e de todo Pentateuco, os cinco livros que constituem a Torá, ele teria usado fontes orais e escritas para o registro. A autoria mosaica implica em uma datação para o livro no século XIII.
Quanto à historicidade do Êxodo é estranha a ausência de qualquer referência egípcia à perseguição de Faraó aos hebreus, relato bíblico onde os egípcios foram derrotados vergonhosamente. Refiro-me a ausência de qualquer menção dessa natureza como estranha, pois, segundo M. A. Beek existe uma enorme quantidade de documentos históricos egípcios acerca desse mesmo período. Nenhum historiador que tem como alvo de pesquisa Israel ou povos vizinhos pode silenciar-se diante dos acontecimentos registrados na Bíblia. Infelizmente muitos pesquisadores tem-se deixado influenciar pelos seus pressupostos e preconceitos, pelo fato de não serem religiosos, descartam toda e qualquer fonte ligada a religião, por outro lado, alguns pesquisadores se lançam em seus estudos partindo de um ponto de vista religioso.
Existe um grande problema para qualquer pesquisador que tem como alvo de estudo a historicidade dos relatos do Êxodo: Posicionar-se de forma extremada. Exemplo disso nos é fornecido por M. A. Beek que apresenta um historiador chamado Eduard Meyer, que nega completamente a plausibilidade histórica de Moisés, afirmação essa em que não há consenso. Outro exemplo é um jornalista israelense chamado Sincha Jacobovici que juntamente com James Cameron lançaram um documentário, O Êxodo Decodificado, onde após ouvir diversos estudiosos de diversas áreas, ele uniu pequenas peças que resultaram na exata localização do Monte Sinai; localização da tumba de José, filho de Jacó; o local da travessia do Mar de Juncos; oferece provas de que o Faraó da época do Êxodo seria Ahmose; Explica de forma racional cada uma das pragas relatadas na Bíblia. De forma bastante irresponsável ele apresenta relíquias, e faz uma seleção das falas de todos os pesquisadores convidados, formulando uma tese e afirmando que de fato o Êxodo aconteceu.
De fato, a Arqueologia tem servido a muitos que se valem de pressupostos para afirmar muitas idéias em que não há consenso.
É importante ressaltar que existem documentos e relíquias que no mínimo nos fornecem a certeza da plausibilidade dos registros encontrados no livro do Êxodo.
Que o Senhor Deus, que escreveu toda a história nos abençõe.
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